Foto: Klênyo Galvão
O Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, maior unidade de saúde pública do Rio Grande do Norte, não registrou nenhuma ocorrência de queimaduras por fogos de artifício ou fogueiras em todo o mês de junho. Essa a primeira vez que o Centro registra essa marca, em 47 anos de existência.
Para Marco Almeida, médico chefe do CTQ, o registro inédito se dá pela proibição do acendimento de fogueiras que contou no decreto estadual de 4 de junho. A proibição visou diminuir as ocorrências de queimaduras e de síndromes respiratórias nos serviços públicos e privados de saúde, que passam por superlotação em função da pandemia do novo coronavírus. O isolamento social pelo qual o estado passa desde março também auxiliou na prevenção.
"Não somos contra os festejos juninos. De maneira alguma. Mas, enquanto durar essa pandemia, as comemorações juninas, como as conhecíamos, terão de ser adaptadas. É importante que, neste momento, possamos, efetivamente, incorporar mudanças de comportamento em nosso dia a dia”, disse Marco Almeida.
O chefe do setor também acredita que a criação da campanha Junho Laranja, em lei aprovada pela Câmara Municipal de Natal, contribuiu para a redução nos casos. A campanha definiu junho como mês de prevenção às queimaduras.
O registro inédito foi comemorado pelo setor, que, no entanto, mostrou preocupação com o aumento nos casos de pacientes queimados com álcool líquido. Ao todo, cinco óbitos foram registrados em junho no CTQ.
“A liberação temporária do uso do álcool líquido 70% trouxe de volta uma preocupação que tínhamos até 2002 - quando foi proibida a comercialização do produto – e que agora, devido a pandemia, voltou a ser vendido. No Brasil, mais de 400 pessoas já foram internadas, somente este ano, com queimaduras graves, por acidentes com álcool líquido”, falou Marco Almeida.
Fonte Portal G1 RN.
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