Uma investigação conduzida pela Polícia Civil, Ministério Público e Secretaria Estadual de Tributação do Rio Grande do Norte (SEFAZ-RN) mapeou a estrutura de uma organização criminosa suspeita de operar um esquema de fraudes envolvendo empresas de fachada, empréstimos fraudulentos e lavagem de dinheiro.
A apuração, que resultou na Operação Amicis, mostra um modelo de atuação dividido em núcleos bem estruturados: liderança, operação, apoio e vítimas utilizadas como “laranjas” — muitas delas sem sequer saber que tinham empresas registradas em seus nomes.
Principais alvos da investigação
O principal investigado é João Eduardo Costa de Souza, empresário do setor de confecções e dono de franquias da marca SCHALK. Ele é apontado como líder da organização. Sua esposa, Layana Soares da Costa, também está no centro das investigações, sendo apontada como co-líder e responsável por coordenar atividades fraudulentas, como alterações contratuais e recrutamento de “laranjas”.
Outro nome de destaque é Marcelo Spyrides Cunha, empresário e suposto operador financeiro do grupo. Com ele, a polícia apreendeu quase 600 folhas de cheques e encontrou indícios de movimentações financeiras incompatíveis com sua renda declarada. Segundo as investigações, ele utilizava uma empresa de factoring para escoar recursos ilícitos.
Estrutura de atuação
O esquema envolvia ainda pessoas como Afrânio Caldas Batista Filho, que seria responsável pelas operações de troca de cheques e intermediação financeira. Esposas, sócios e prestadores de serviço também aparecem nos documentos como operadores secundários ou donos formais de empresas, com funções específicas no esquema.
As investigações indicam que o grupo atuava em diversas frentes: abertura de empresas de fachada, obtenção de financiamentos e emissão de boletos fiscais fraudulentos. Os crimes envolvem falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e possíveis fraudes contra o sistema financeiro.
Fonte 96 fm Natal
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