O sucesso do morango do amor, que viralizou nas redes sociais e tem lotado confeitarias do Rio Grande do Norte, já começa a gerar efeitos na cadeia de abastecimento. Com a alta demanda pelo doce, feito com morango fresco, brigadeiro e uma calda crocante de açúcar, alguns insumos essenciais, como glucose, corantes vermelhos e até o próprio morango estão mais caros e difíceis de encontrar no mercado.
A confeiteira Jailma Diniz, da Dona Formiga, localizada em Parnamirim, relata que a busca crescente pelo doce tem pressionado o fornecimento. “O morango está mais caro. O corante vermelho e a glucose sumiram das prateleiras. Se você procura, não tem. Está assim porque a procura está muito alta”, contou.
Foto: Cedida
Na doceria Dona Maria, de Mayara Sthefane, também em Parnamirim, a escassez de insumos já impactou diretamente a produção. “A gente está com a dificuldade do próprio morango. Hoje mesmo não conseguimos produzir, porque o morango que chegou era muito pequenininho, e não conseguimos fazer o doce, pois não é do padrão que usamos aqui”, comentou a confeiteira. Além disso, ela afirma que outros ingredientes estão em falta. “A glucose aqui em Parnamirim não tem mais”.
Já a empresária Helena Melo, da Dasmelo Confeitaria, conta que se antecipou para evitar prejuízos. “Quando eu vi que realmente estava saindo muito, eu já comprei um estoque dos produtos que eu sabia que iam acabar. Estou bem abastecida. Já está faltando alguns produtos no mercado, mas me antecipei” disse ela, que tem estabelecimentos em Natal e Parnamirim.
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Além da escassez, o preço do carro-chefe da receita também aumentou, como explica Carol Barreto, proprietária da Jolie, com docerias em Natal e Parnamirim. “O preço do morango subiu. Aumentou aí uns 12 reais, mais ou menos, o quilo. Os fornecedores estão começando a vender um tipo específico: o ‘morango do amor’. Ou seja, já padronizaram um tipo próprio para esse doce.”
Mesmo diante dos desafios no fornecimento de insumos, as confeitarias têm adotado estratégias para manter a produção e atender à alta demanda. A expectativa do setor é que a procura pelo doce continue aquecida nos próximos meses, impulsionada principalmente pela repercussão nas redes sociais.
Fonte Tribuna do Norte
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