quarta-feira, 8 de julho de 2020

MEC ANUNCIA QUE ENEM SERÁ REALIZADO NOS DIAS 17 E 24 DE JANEIRO DE 2021. EXAME FOI ADIADO EM FUNÇÃO DA PANDEMIA DO CORONAVÍRUS



Foto Arquivo/Agência Brasil
O Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) anunciaram nesta quarta-feira (8) que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) será aplicado nos dias 17 e 24 de janeiro de 2021. O Enem digital será nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro.
Os resultados da prova serão divulgados até o dia 29 de março de 2021. Em coletiva de imprensa na tarde desta quarta-feira, o ministro interino da Educação, Antônio Vogel, disse que a data para a prova não é uma decisão "perfeita e maravilhosa para todos" os candidatos. "Buscamos uma solução técnica", completou.
A prova, inicialmente prevista para novembro deste ano, foi adiada por causa da pandemia do coronavírus. Escolas de todo o País tiveram atividades presenciais suspensas para evitar a propagação do vírus.

O MEC também informou, nesta quarta-feira, a possibilidade de que seja realizado um segundo Sisu, sistema que reúne as vagas em cursos do ensino superior público, em 2021. "Há toda uma reação em cadeia quando se define a data (do Enem) já que a a nota é usada pelo Sisu e pelo ProUni. Por isso estamos com a opção aberta de fazer um outro Sisu ao longo de 2021", disse Vogel. 

A aplicação da prova no mês de janeiro foi defendida por secretários de educação e universidades em reuniões com o governo. O governo também informou que prevê gasto extra de R$ 70 milhões com a aplicação da prova neste ano em função da pandemia do coronavírus.

A covid-19 deve obrigar que a aplicação ocorra com menos estudantes em sala de aula para evitar a contaminação pelo cooronavírus, o que pode elevar o número de locais de prova no País. Também deverão ser fornecidos álcool em gel e máscaras aos candidatos. "Vou ter de afastar os alunos na sala, preciso de mais salas, terei de dar máscaras, álcool em gel", detalhou Vogel.

Mais de 5,8 milhões de estudantes estão inscritos nessa edição do Enem. Em enquete realizada a pedido do ex-ministro Abraham Weintraub, a maior parte dos estudantes (49,7%) votou para que o Enem fosse realizado apenas em maio do ano que vem. Outros 35,3% optaram por janeiro.

Segundo Alexandre Lopes, a enquete não seria o único parâmetro para definição da data. "Entendemos que seria muito importante ouvir os secretários de Educação. Todas as informações foram levadas em consideração. Mais da metade optou por dezembro e janeiro. Também estamos atendendo a esse público. Foi muito importante ouvir a participação deles."

Segundo o governo, o nível da prova do Enem não será modificado em função das dificuldades de ensino durante a pandemia, já que os itens que compõem o teste foram elaborados no passado, em um período pré-pandemia. 

Também presente à coletiva de imprensa, o secretário estadual de São Paulo e ex-ministro da Educação, Rossieli Soares, elogiou a solução. "Muitos jovens dizem que querem ter a oportunidade (de fazer o Enem). Imagina se perdemos a oportunidade de rodar o Sisu (Sistema de Seleção Unificada) para outras entradas? A coisa mais importante foi o diálogo nesse processo."

O MEC também anunciou que a reaplicação da prova impressa do Enem, que ocorre quando há falhas como falta de luz no local do exame, será nos dias 24 de fevereiro e 25 de fevereiro de 2021.

Por meio de nota, a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) informou que "não se manifesta sobre datas do Enem" porque entende ser essa "uma responsabilidade do Inep". Mas diz ser fundamental que a prova seja "tecnicamente exitosa e com concorrência democrática". Segundo a associação, a data anterior não apresentava as condições necessárias: a segurança dos alunos e profissionais envolvidos e a equidade entre os candidatos.

Também por meio de nota, entidades estudantis criticaram a escolha de data diferente do que a enquete realizada com os candidatos indicou. "A data escolhida pelos poucos estudantes que conseguiram votar não foi levada em conta. A escolha feita pelo Ministério da Educação, de realizar a prova nos dias 17 e 24 de janeiro, demonstra que não existe um diálogo verdadeiramente democrático com os estudantes, profissionais da educação e saúde", informaram a União Nacional dos Estudantes (UNE), a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e a Associação Nacional dos Pós-graduando (ANPG).

Fonte Nominuto.com 

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