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segunda-feira, 5 de maio de 2025

PIX VIRA HÁBITO NO RN E ESTADO LIDERA TRANSAÇÕES NO NORDESTE, APONTA FGV

No Rio Grande do Norte, o Pix já faz parte do dia a dia da maioria da população. Em 2024, 63,8% dos moradores do estado fizeram ao menos uma transação por mês usando o sistema — o maior índice do Nordeste e acima da média nacional, que é de 63%, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Com uma economia movimentada principalmente pelo comércio e pelos serviços, os potiguares utilizam o Pix, em média, 36 vezes por mês — uma das maiores frequências do país, superando até São Paulo, onde a média é de 29.

Para o economista Helder Cavalcanti, conselheiro do Conselho Regional de Economia (Corecon-RN), o sucesso do Pix se deve à sua capacidade de atender à urgência da vida moderna. “O Pix chegou quebrando todos os paradigmas, criando aí uma facilidade imediata da segurança, liquidez e gratuidade. Ele é um instrumento que caiu no gosto da população”, afirma. Segundo ele, o modelo econômico do RN, fortemente apoiado no setor de serviços e no turismo, potencializou o uso dessa tecnologia. “Há um giro do dinheiro muito rápido. É uma lanchonete, uma barbearia, um salão de beleza. Tudo isso acontece de forma instantânea, e o Pix é um instrumento fácil”, acrescenta.

A pesquisa “Geografia do Pix”, do Centro de Estudos de Microfinanças e Inclusão Financeira da FGV, utilizou dados do Banco Central e do Censo do IBGE para traçar um mapa completo do uso do sistema em 2024. O Rio Grande do Norte aparece com a maior adesão do Nordeste, com 63,8%, à frente de Pernambuco (60,56%) e Ceará (59,66%). Além de adesão e frequência, o estudo mensurou o valor médio das transações por estado. No RN, o valor médio é de R$ 146,26 – abaixo dos R$ 190,57 da média nacional – o que revela um uso intenso para despesas corriqueiras e de baixo valor.

“O valor das transações no RN é relativamente baixo. Isso indica, de fato, um uso mais cotidiano e para despesas menores”, explica Helder Cavalcanti. Ele destaca que em Natal o comércio se deslocou para áreas periféricas e mais populosas, onde o Pix é intensamente utilizado. “Eu vou ao supermercado, tomo café, ajeito a barba. Tudo isso são serviços que fazem o dinheiro girar, embora sejam valores menores”, pondera. Ainda segundo o economista, o Pix também tem papel relevante na inclusão financeira. “Ele é dinâmico, ágil, grátis e acessível a qualquer pessoa que tenha um celular. É um instrumento de inclusão social”, pontua.

No comércio, os impactos da popularização do Pix são evidentes. O presidente da Federação do Comércio do RN (Fecomércio), Marcelo Queiroz, avalia que a tecnologia trouxe ganhos operacionais e agilidade para os lojistas. “Do ponto de vista do comércio, é muito positivo, isso por dois motivos: primeiro, que reduz a necessidade de recorrer a empréstimos de capital de giro para rodar seu negócio; segundo, porque o comerciante pode economizar nas taxas de operação, que são isentas ou inferiores à dos cartões de crédito ou débito”, analisa.

No bairro da Cidade Alta, o empresário de uma loja de produtos têxteis, Igor Brito, afirma que o Pix representa hoje mais de 30% do faturamento. Ele destaca que, inicialmente, a ferramenta foi adotada como alternativa de pagamento, mas logo se mostrou vantajosa também para o negócio. “Facilita muito o trabalho do caixa. O banco já faz a conciliação automática, então não precisa ficar conferindo Pix a Pix”, relatou.

Fonte Agência Brasil 

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