terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

PGR DENUNCIA EX-PRESIDENTE JAIR BOLSONARO E OUTRAS 33 PESSOAS POR TENTATIVA DE GOLPE DE ESTADO PARA SE MANTER NO PODER.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por tentativa de golpe de Estado para se manter no poder após as eleições de 2022, que elegeram Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como presidente.

O documento foi apresentado ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta terça-feira (18), pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet. Segundo a PGR, os denunciados foram divididos em cinco peças acusatórias para otimizar o andamento processual.

Bolsonaro e outras 33 pessoas foram acusadas de estimular e realizar atos contra os Três Poderes e contra o Estado Democrático de Direito. Os crimes são:
- organização criminosa armada;
- tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
- golpe de Estado;
- dano qualificado pela violência e grave ameaça, contra o patrimônio da União, e com considerável prejuízo para a vítima;
- deterioração de patrimônio tombado.

A denúncia é a acusação formal contra Bolsonaro e seus aliados, após a investigação da Polícia Federal, e foi remetida ao ministro Alexandre de Moraes, relator do processo. Em seguida, a Primeira Turma da Corte decide se a denúncia da PGR será recebida ou rejeitada.

Mais cedo, Bolsonaro voltou a negar que tenha participado do plano golpista. Em visita ao Senado nesta terça, o ex-presidente afirmou estar tranquilo diante da possibilidade de ser denunciado pela PGR.

No dia 21 de novembro do ano passado, a Polícia Federal indiciou Bolsonaro e outras 39 pessoas pelo envolvimento na trama golpista, que incluía matar Lula, o seu vice, Geraldo Alckmin, e Moraes.

Cinco dias depois, em 26 de novembro, Alexandre de Moraes retirou o sigilo do relatório da PF sobre o inquérito que investiga o caso e enviou à PGR. O documento apontou que Bolsonaro sabia e seria beneficiado principal do plano golpista orquestrado por militares, dentro e fora do governo, em 2022 após a derrota para Lula urnas.

Um dos pontos citados no documento é que o grupo, atuante desde 2019, liderado por Bolsonaro, criou, desenvolveu e disseminou a narrativa falsa da existência de vulnerabilidade e fraude no sistema eletrônico de votação do país para que a derrota de Bolsonaro nas eleições de 2022 não fosse interpretada como justa, e fundamentar os atos planejados por ele.

Além do ex-presidente, os generais Walter Braga Netto e Augusto Heleno, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres e o ex-chefe da Abin Alexandre Ramagem (atual deputado federal) também foram citados na investigação.

Fonte SBT NEWS 

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