O empresário Renê da Silva Nogueira Junior, preso pela morte do gari Laudemir de Souza Fernandes, foi interrogado novamente pela Polícia Civil de Minas Gerais nesta segunda-feira, 18. Segundo a Polícia, ele confessou e o crime e disse que:
efetuou o disparo em razão de uma discussão de trânsito;
– admitiu que usou a arma particular da esposa, que é delegada, mas afirmou que ela não tinha conhecimento de que a pistola calibre .380 estava com ele.
Segundo a polícia, Nogueira Junior atirou contra Fernandes após se irritar com a presença de um caminhão de lixo que estava parado, impedindo o fluxo de carros na rua enquanto aguardava os garis coletarem o lixo. O empresário queria passar com seu carro e inicialmente ameaçou atirar na motorista do caminhão. Acabou disparando contra Laudemir, que fazia a coleta.
O empresário está preso preventivamente desde a semana passada. À época do crime, ele negou ter atirado em Laudemir de Souza Fernandes.
A segunda-feira foi marcada pelo novo depoimento e também pela mudança na defesa do empresário. Os advogados Leonardo Guimarães Salles, Leandro Guimarães Salles e Henrique Vieira Pereira deixaram o caso.
Em nota, um dos advogados afirmou que, “após conversa reservada” com o cliente, decidiu, “por motivo de foro íntimo, renunciar à sua representação nos autos da investigação que apura a morte do sr. Laudemir”.
Até a publicação deste texto, a reportagem tentou identificar a nova defesa do empresário para que se pronuncie sobre a situação mas sem sucesso.
Relembre o caso
Ao ver a rua por onde transitava com fluxo interrompido momentaneamente pelo caminhão de lixo, Nogueira Junior ameaçou “atirar na cara” da motorista do veículo, segundo testemunhas relataram à Polícia Civil.
Quando Laudemir e outros garis saíram em defesa da colega de trabalho, o motorista sacou a arma e atirou contra a vítima, atingida na região torácica. Laudemir foi encaminhado ao Hospital Santa Rita, em Contagem, mas morreu.
O empresário fugiu do local do crime e foi preso enquanto treinava em uma academia de alto padrão no Estoril, bairro nobre de Belo Horizonte. Segundo a polícia, a arma usada no crime é uma pistola calibre .380 que pertence à delegada Ana Paula Balbino Nogueira, mulher de Renê. Exames periciais confirmaram que essa foi a arma usada para matar o gari.
A polícia indiciou Nogueira Junior por homicídio duplamente qualificado, porte ilegal de arma e ameaça.
Estadão Conteudo
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