sexta-feira, 30 de outubro de 2020

PREFEITO DE EXTREMOZ É AFASTADO DO CARGO EM OPERAÇÃO QUE INVESTIGA DESVIO DE R$ 2 MILHÕES DA SAÚDE


O prefeito de Extremoz, Joaz Oliveira, a primeira-dama, que é chefe de gabinete, e três servidores públicos do município foram afastados dos cargos por decisão da Justiça, na manhã desta sexta-feira (30). Os afastamentos ocorreram durante uma operação deflagrada por uma força tarefa do Ministério Público Federal e Polícia Federal, Receita Federal e Controladoria Geral da União. O grupo é suspeito de fraudes em licitação da Saúde, desvio de recursos públicos estimados em R$ 2 milhões e lavagem de dinheiro no município da Região Metropolitana de Natal.
Polícia Federal cumpre mandados de busca e apreensão e afastamento de cargo público na Prefeitura de Extremoz, RN — Foto: Kleber Teixeira/Inter TV Cabugi

Segundo a PF, mais de 70 policiais cumprem 23 mandados de busca e apreensão por determinação do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/RN) em desfavor dos servidores e de empresários do Rio Grande do Norte e Pernambuco. Também são cumpridos cinco mandados de afastamento dos cargos, determinados pelo corregedor regional Eleitoral, desembargador Claudio Santos.

Além das residências dos servidores e de sete empresários envolvidos, os mandados tiveram como alvo a sede da Prefeitura de Extremoz, a Secretaria de Saúde e o Hospital e Maternidade Presidente Café Filho. Dos endereços onde foram cumpridos, onze são de Natal, seis de Extremoz e dois em Recife.

Na casa de um empresário em Natal foram apreendidos R$ 70 mil, 996 dólares e 2.865 euros em dinheiro, segundo a PF.

Em nota, a Prefeitura de Extremoz afirmou que entregou toda documentação solicitada pela Justiça e que está colaborando com as investigações e está à disposição da Justiça.


Segundo o advogado Cristiano Barros, que representa o prefeito, Joaz entende que "os fatos objeto da investigação que originou a operação Rei de Judá referem-se, exclusivamente, ao pleito de 2018 inexistindo qualquer relação com o pleito municipal. Joaz Oliveira apresentou a arrecadação e as despesas da campanha em curso no prazo legal, inexistindo, até o momento qualquer questionamento sobre estas, partindo o órgão acusador de suposições de que os fatos ocorridos em 2018 poderiam se repetir em 2020 para postular a deflagração da operação".

Ainda de acordo com ele, o prefeito "pretende expor o mais breve possível sua versão sobre os fatos objeto da investigação, oportunidade, em que, certamente conseguirá demonstrar que as graves medidas deferidas contra si não se mostram necessárias".

O advogado explicou que atua apenas na defesa do âmbito eleitoral e não se manifestou sobre as demais acusações. Procurada, a assessoria da prefeitura não soube informar quem defende Joaz Oliveira nas demais denúncias.

Além do prefeito e da primeira-dama, foram afastados a chefe de gabinete adjunta, a secretária Municipal de Administração e o gerente de Tributação e Fiscalização Municipal. Sete sócios e administradores de empresas envolvidos no esquema estão sendo investigados.

Fonte Portal G1 RN

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