AP/Reuters
Joe Biden tomou posse nesta quarta-feira (20) como o 46º presidente americano. Ele prestou o juramento que o torna presidente em frente ao Capitólio, depois de Kamala Harris fazer o mesmo e ser empossada como vice-presidente. O democrata assume o cargo com a missão de mudar a direção dos Estados Unidos e recolocar um país dividido no caminho da normalidade, depois de quatro anos de exploração da polarização política por Donald Trump. Biden promete uma guinada contra o legado populista do antecessor e deve assinar uma série de ordens executivas ainda nesta quarta-feira para desfazer parte das políticas do republicano.
Ele assume o governo com o desafio de apresentar resultados rápidos para tirar os EUA das crises econômica e sanitária nas quais o país mergulhou na pandemia de coronavírus. Um dia antes de sua posse, os EUA ultrapassaram a marca de 400 mil mortos por covid-19.
Kamala Harris foi empossada como vice-presidente, a primeira mulher e a primeira negra a chegar à Casa Branca. Sua ascensão tem caráter histórico e também acena para o futuro da política americana, uma vez que Biden já anunciou que será um presidente de transição, de um só mandato.
O medo de ataques por extremistas americanos pró-Trump fez com que a cerimônia desta quarta-feira fosse silenciosa e sem plateia. O mar de milhares de americanos que costuma dominar os gramados do National Mall nas festas de posse presidencial deu lugar a quase 200 mil bandeiras que representaram os americanos impedidos de comparecer à celebração.
Por medo de atos violentos, o entorno do Congresso americano está bloqueado por cercas, barreiras de concreto e forças policiais. O medo de um ataque possibilitado por algum radical infiltrado nas forças de segurança fez a inteligência americana revisar as fichas dos soldados enviados à capital e 12 homens da Guarda Nacional foram afastados na véspera.
A restrição absoluta de entrada no entorno do Mall foi tomada após a invasão do Capitólio por extremistas que apoiam Donald Trump e diante do risco de ataques ou protestos violentos.
Na sua última quebra de protocolos como presidente, Trump não compareceu à posse de Biden. De manhã, ele partiu para a Flórida, onde irá morar a partir de agora. Antes de embarcar no avião presidencial, fez um discurso para apoiadores, nos moldes de seus comícios de campanha. "Nós voltaremos, de uma maneira ou outra", disse Trump.
Ele não citou o nome de Joe Biden, mas desejou sucesso ao novo governo. Desde que perdeu a eleição, Trump relutou em admitir que um novo governo começaria em 20 de janeiro e acusou, sem provas, fraude na disputa presidencial. Ele sofre, atualmente, seu segundo processo de impeachment por incitar a insurreição de extremistas que tentaram impedir a sessão do Congresso que confirmou a eleição de Biden. O processo de impeachment deve ser julgado pelo Senado nas próximas semanas.
Fonte Agência Brasil
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