Os cuidados com a mente devem complementar a vida cotidiana de qualquer pessoa. Ansiedade, depressão e a famosa Síndrome de Burnout – ou Síndrome do Esgotamento Profissional – tem assolado diversas cidadãos ao redor do mundo, junto com a correria diária da vida. Contudo, mais pessoas tem se preocupado com a mente. De acordo com a Global Health Service Monitor, cerca de 49% dos brasileiros estão preocupados com a saúde mental. O tema da saúde mental está em evidência durante o Janeiro Branco.
Segundo pesquisa, cerca de 49% dos brasileiros têm preocupações com a saúde mental. Tema tem sido discutido durante o Janeiro Branco. Veja abaixo o que fazer e quando procurar tratamento
Pode ser difícil entender qual o melhor momento para buscar tratamento quando se sente mal. De acordo com a psicóloga e professora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Anuska Alencar, qualquer pessoa pode buscar terapia no momento que não se sentir bem psicologicamente. “Quando não se sentir bem, do ponto de vista psicológico. Quando estiver se sentindo agressivo em excesso, quando estiver se sentindo sempre a pessoa excluída, a pessoa não merecedora”, explica a psicóloga.
É preciso se atentar aos excessos. “Os excessos são um sinal de que eu precisaria buscar a psicoterapia”, diz. De acordo com ela, sentir emoções pontuais é normal, mas é preciso tomar cuidado quando essas emoções interferem na vida de maneira constante. “Uma vez na vida não é sintoma de busca de terapia, uma vez com raiva, uma vez triste, mas quando isso começa a ser constante, dificultar o meu relacionamento com as pessoas e comigo mesmo”, complementa.
Os tratamentos, além da psicoterapia, são diversificados, bem como a abordagem de cada profissional, segundo a psicóloga. “Dentro da psicoterapia, na psicologia, existem várias abordagens”, diz. De acordo com ela, o mais importante é existir uma boa relação entre psicólogo e paciente, para que a psicoterapia seja satisfatória para ambos.
Existe, ainda a intervenção com medicamentos, que nem sempre é necessária. “O medicamento em alguns momentos pode ser necessário”, diz. Segundo Anuska, os medicamentos podem ser receitados em casos específicos, como em casos graves de alucinações, onde a pessoa distorce a realidade.
Em alguns casos de insônia e ansiedade também são receitados medicamentos. Outros tipos de tratamentos, como a prática esportiva ou adequação da realidade também podem ser fundamentais para pacientes com esses problemas. “As vezes rever os hábitos, não necessariamente precisará de medicamentos”, afirma.
Também é possível procurar um psiquiatra, que dispõe de abordagens diferentes e chega a fazer uma espécie de “triagem” para encaminhar o paciente para diferentes profissionais, incluindo psicólogos e psicopedagogos, a depender da faixa etária e o tipo de quadro. “Ele é um profissional que não vai acompanhar em todo o processo. Muitas vezes irá acompanhar só no começo e encaminhar para outros profissionais”, explica o professor de Saúde Mental da UFRN e psiquiatra, José Medeiros do Nascimento.
De acordo com ele, qualquer pessoa que esteja em sofrimento psíquico pode procurar um psiquiatra, que, por sua vez, escolherá a melhor abordagem. “Para muitas pessoas existe um certo preconceito com o profissional psiquiatra. Atribuem como um profissional de pessoas que estão desequilibradas ou de pessoas que estão muito graves, mas isso não é uma verdade”, diz.
O psiquiatra não trata apenas com medicamentos, embora seja o mais comum. “São os tratamentos través do psicofármacos e remédios que muitas vezes podem ajudar a equilibrar a neuroquímica cerebral, que muitas vezes vai estar prejudicada nesse processo de sofrimento psíquico, adoecimento psíquico”, afirma. Essas substâncias podem ser usadas em casos de depressão, ansiedade, bipolaridade, esquizofrenia, demência, Alzheimer, autismo e mais.
Ainda de acordo com José, se tratar com um psiquiatra não significa que o paciente é doente. “A palavra doente é uma palavra muito ampla. Que existe um sofrimento, sim. As pessoas que elas estão com algum sofrimento psíquico, algum tipo de quadro que pode repercutir em um transtorno psiquiátrico ou não. Muitas vezes é uma transição de ciclo de vida, uma pessoa que está passando por uma crise existencial”, diz.
Fonte Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário