E foi com direito a recorde mundial! Atleta sobe ao lugar mais alto do pódio pela segunda vez nos Jogos ao ganhar os 1.500m T11 no Estádio Olímpico de Tóquio.
O Estádio Olímpico de Tóquio foi palco de um momento para entrar na história do esporte brasileiro. Na noite desta segunda-feira (30/8), manhã de terça no Japão, Yeltsin Jacques conquistou a centésima medalha de ouro do Brasil em Paralimpíadas ao vencer os 1500m T11, classe para atletas cegos, com direito a recorde mundial com o tempo de 3min57s60. A marca, que consagra a evolução e o talento dos atletas paralímpicos brasileiros, foi o segundo ouro de Yeltsin nos Jogos de Tóquio, já que ele também subiu ao lugar mais alto nos 5.000m T11. Os atletas do atletismo brasileiro já conquistaram 13 medalhas nas Paralimpíadas 2020: seis ouros, três pratas e quatro bronzes.
O Brasil já chegou ao Japão com muita expectativa em relação a essa marca. Com 87 ouros contabilizados até o início dos Jogos Paralímpicos de Tóquio, a centésima não parecia um sonho distante, já que em cada uma das quatro Paralimpíadas imediatamente anteriores foram conquistados mais de 13 ouros: 14 em Atenas 2004, 16 em Pequim 2008, 21 em Londres 2012 e 14 na Rio 2013. Dos cem ouros brasileiros, portanto, 78 se concentraram nas últimas cinco edições, incluindo os 13 de Tóquio 2020. E essa coleção ainda pode aumentar um bocado até dia 5 de agosto, quando as Paralimpíadas se encerram.
Da primeira à centésima medalha dourada brasileira, ambas no atletismo, houve uma enorme evolução no esporte paralímpico do país. O Brasil começou a participar dos Jogos na sua quarta edição, em Heidelberg, em 1972. Mas o primeiro ouro só chegou em 1984, com a vitória de Marcia Malsar nos 200m rasos C6. E dos cem, 83 se dividem entre duas modalidades: 47 no atletismo e 36 na natação. Foi nas piscinas, inclusive, que se consagrou o atleta que mais fez o hino brasileiro ser tocado, Daniel Dias, 14 vezes campeão paralímpico.
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