Foto: Magnus Nascimento
As armas nas mãos de cidadãos comuns cresceram 68% no Rio Grande do Norte num intervalo de três anos. Em 2019, eram 6.367 armas. Em 2021, o número saltou para 10.698 registros, número praticamente idêntico ao total de armas registradas na Polícia Militar do RN, com 10.802 armas registradas. A proporção dos registros para cidadãos em relação ao total de armas tabuladas no Estado também aumentou neste período, saltando de 46% para 55%. Em 2021, o RN possuía 19.282 armas registradas com cidadãos comuns, caçadores, servidores públicos com prerrogativa de função, segurança privada e outros (sem incluir as força de segurança). Em 2019, eram 13.798. Os números constam no Anuário Brasileiro da Segurança Pública.
Em 2019, eram 6.367 armas registradas para o cidadão comum. Em 2021, número cresceu para 10.698 registros. Polícia Militar tem 10.802 armas.
A variação no número de armas registradas no RN cresceu 19,3% em relação a 2020 e 39% em relação a 2019. As pistolas e revolveres são os líderes nos registros em 2021 no Estado, com 11.106 e 5.444, respectivamente. De acordo com os dados, as empresas de segurança privada, servidores públicos com porte por prerrogativa de função e órgãos públicos sem taxa são as categorias com mais registros de armas no Rio Grande do Norte.
Até abril de 2019, não existia, no Sistema Nacional de Armas (Sinarm), uma categorização dos registros de armas de fogo. A categoria Pessoa Física se desdobrou em Cidadão, Caçador de subsistência e Servidor público (por prerrogativa de função). A categoria Segurança Privada foi desdobrada em Empresa de Segurança Privada e Empresa com Segurança Orgânica.
“O resultado de três anos de incentivo à compra de armas é um país muito mais armado e com grupos de pressão pró armas organizados e com portas abertas para transitar com absoluta fluidez em altas instâncias do Governo Federal e do Congresso Nacional. A quantidade de armas de fogo nas mãos de civis e CACs (caçadores, atiradores desportivos e colecionadores) ultrapassou, em muito, a quantidade de armas dos órgãos públicos”, aponta trecho do Anuário assinado por Isabel Figueiredo, Ivan Marques e David Marques, pesquisadores em segurança pública.
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