Foto: reprodução das redes socais
Ao corrigir uma atividade enviada aos alunos, Rosiani mal podia esperar que seu coração seria tocado de uma forma tão profunda e transformadora por uma pequena de dez anos.A aluna escreveu um emocionante recado para a professora. “desculpa professora, não fiz a lição” .
O recado para a professora veio em uma atividade que tinha um objetivo simples, mas extremamente importante: envolver as crianças com seus familiares para ajudar a promover a interação em casa nesse momento tão difícil de isolamento e pandemia.
Rosiani Mara Soares Machado leciona na escola municipal Professor Floresvaldo Mores de Creddo, localizada em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. Paranaenses não apoiam volta às aulas: enquete exclusiva do RIC Mais mostra que 93% do público é contra o retorno das atividades presenciais.
Recado para professora comove a web:
A lição precisava ser feita – no mínimo – em dupla: era preciso brincar de jogo da velha, uma brincadeira em que dois jogadores preencham as linhas diagonais, horizontais ou verticais com um mesmo símbolo: X ou O, impedindo que o adversário faço as marcações e complete o jogo.
Apesar de simples, naquele dia a lição de uma aluna veio em branco. Na lateral, um recado para a professora com a justificativa: “Desculpa prof não ter feito essa lição. Ninguém quis fazer comigo”.
Comovida com a mensagem, a professora resolveu contar a história em suas redes sociais, que acabou viralizando e tendo mais de dez mil compartilhamentos. “Como não se emocionar? E como não se sentir impotente diante desta situação ao receber este recadinho? É isto que estamos vivendo… é esta a nova realidade? o novo “normal”, disse ela na publicação.
De acordo com a professora, esse tipo de atitude é mais comum pessoalmente. “Me faltou fôlego. Mas vi que na minha profissão isso é muito comum e que tenho que fazer a diferença para ela”. “Ao deparar com a atividade dessa minha aluna fiquei muito emocionada. Meu mundo desabou, chorei, e depois respirei fundo e pensei: tenho que fazer algo. tenho que dar uma resposta a esta criança”.
Para escrever o recado para sua aluna, Rosiani afirma que usou a alma. “Meu amor vou fazer com você quando retornarmos! Prometo! Se cuide minha flor. Saudades de você. Beijos”.
Seis anos fazendo a diferença
Rosiani atua como professora há seis anos, e em sua trajetória outras histórias também tocaram seu coração. Conforme ela, as crianças costumam ser mais espontâneas com os professores do que em casa, e por isso falam e expressam seus sentimentos, e é aí que entra o papel tão fundamental na vida dos pequenos.
“Por isso a importância da valorização da educação e do profissional da educação para que ele saiba acolher. Acho que essa é a palavra. Educar é isso. A gente se depara com muita situações complicadas. Crianças que sofrem e é na escola que sentem segurança para se expressar”.
Mais do que ministrar aulas e levar educação, Rosiani acredita que para ser professor é preciso ter amor, sensibilidade e saber se colocar no lugar da criança para dar apoio e sentir o que ela sente. “Ser professor é uma escuta diária. Muitas vezes as dificuldades não está exatamente no aluno, mas nos instrumentos que ele dispõe. Participar do processo de desenvolvimento da aprendizagem do indivíduo é gratificante”, finaliza Rosiani.
Fonte Notícia da Serra
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