O PSB indicou oficialmente o nome do ex-governador Geraldo Alckmin para formação de chapa com Lula para a eleição presidencial deste ano. O tema foi discutido em reunião nesta sexta-feira (8), quando o ex-presidente disse “ter certeza” de que o PT vai aprovar o nome do ex-tucano como candidato a vice.
Durante o encontro, inicialmente fechado, foram discutidos os primeiros detalhes da campanha, com diálogos entre o presidente do PSB, Carlos Siqueira, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e outras lideranças dos partidos.
“Esse dia para mim é muito importante. Tenho certeza que o Partido dos Trabalhadores irá aprovar seu nome como candidato a vice. Estamos dando uma demonostração muito forte ao Brasil. Você será recebido como um velho companheiro dentro do partido”, avaliou Lula.
Alckmin se filiou ao PSB no fim de março, quando afirmou que “o momento exige grandeza política, espírito público e união”. Ele e Lula já travaram conflitos no passado, quando Alckmin integrava o PSDB. O ex-governador de São Paulo ficou mais de três décadas no partido tucano. Em 2017, ele chegou a dizer que Lula queria voltar ao poder “depois de ter quebrado o Brasil”, comparando a iniciativa a “voltar à cena do crime.”
Em 2014, Lula afirmou que o então governador de São Paulo tinha “apelido de picolé de chuchu”. “É insosso, como se fosse comida sem sal. Nunca fala de nenhum problema do estado.” Nesta sexta, após a reunião, o ex-presidente fez questão de dizer que sempre houve respeito entre ambos e que é “plenamente possível duas forças com projetos diferentes” se juntarem.
A chapa é uma alternativa que mantém a proximidade do PSB com o PT sem a formação de uma federação, ideia que chegou a ser debatida ao longo do ano, mas acabou não se concretizando. Durante um dos últimos debates sobre a possibilidade de federação, Carlos Siqueira disse que as legendas têm culturas distintas e que o assunto não estava “maduro para o PSB”.
R 7
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