Foto: Renne Carvalho/ABC
O momento da decisão vai se aproximando e o clima de expectativa e de ansiedade vai aumentando dentro da mesma intensidade. O título poderá ser definido em pequenos detalhes, devido ao grande conhecimento entre os adversários. A batalha será uma espécie de jogo de xadrez entre dois mestres, aquele que realizar o movimento correto leva a premiação. O treinador do ABC, Fernando Marchiori, ressaltou que conhece bem a qualidade do trabalho realizado e o potencial da equipe do Mirassol e destaca que o clube potiguar não caiu de paraquedas na final. Por isso projeta um duelo até mais disputado, até, do que foi presenciado em Natal e que findou num empate sem gols.
Para o comandante abecedista, uma decisão não permite margem de erro e quem conseguir trabalhar melhor para minimizar essa situação, estará mais perto de conquistar a vitória. Ele ressalta que o poder de concentração, técnico e de execução, misturado com a estratégia e o equilíbrio do grupo será importante neste jogo do tudo ou nada.
“Por estar atuando ante a torcida deles, acredito que o Mirassol deva apresentar uma característica mais ofensiva. Afinal essa é a filosofia da equipe deles, que gostam de propor o jogo e ter o domínio da bola. O ABC terá de prestar bastante atenção em relação a isso”, disse Marchiori.
O comandante alvinegro reforçou que não irá modificar a filosofia de jogo de sua equipe, disse também que não deverão ocorrer maiores alterações, por acreditar que o conjunto da obra ainda pode fazer a diferença.
A grande lamentação é o fato de não poder contar com o meio-campista Erick Varão, o jogador foi punido com o terceiro cartão amarelo no primeiro jogo da final e por isso, terá de acompanhar a grande final como um simples torcedor. Fernando Marchiori salienta que pelas valências do atleta, ele irá fazer falta, mas no grupo abecedista existem peças boas para realizar a reposição.
“Varão é um atleta bastante aguerrido, de muito vigor físico, é dinâmico além de possuir um jogo aéreo muito forte. Para ocupar a posição de primeiro volante nós temos o Vinícius Paulista, Guilherme, mas o Varão não tem apenas a característica de marcação. Ele chega bem na frente e estamos vendo qual das nossas peças irá se adaptar melhor as funções”, afirmou, indicando que o substituto será escolhido de acordo com a característica do jogo que será realizado em São Paulo.
Um problema antigo, que vem sendo trabalhado, mas que ainda incomoda e pode ser fatal numa grande final, é a questão das finalizações. A equipe vem conseguindo apresentar um volume ofensivo muito bom, mas apresenta dificuldade em concluir os lances para rede dos adversários.
“Trabalhos específicos a gente realiza no fim de cada treinamento. Na hora que surge a oportunidade é um momento único, onde se exige um certo nível de tranquilidade para o atleta executar o movimento certo e fazer o gol. Eu tenho certeza que surgindo uma boa oportunidade neste segundo jogo, uma bola tem de entrar na rede adversária”, frisou o treinador do ABC.
Apesar de já estar mergulhado no clima da decisão, Fernando Marchiori se diz tranquilo e procura não transparecer qualquer tipo de ansiedade, nas horas que restam antes de as equipes entrarem em campo.
“Estou supertranquilo, mas participar de uma final é uma coisa, ser campeão outra completamente diferente. Dentro dos objetivos traçados quando cheguei ao ABC, acredito que avançamos muito além do que foi projetado e a questão me garante uma tranquilidade. A final é um confronto de duas belas equipes e quem não ganhar deve festejar do mesmo modo por já ter conquistado o acesso, que é uma tarefa muito difícil numa competição como a Série C. Para o clube e a instituição marcar mais essa data na história com a conquista de outro título nacional, é tudo! Mas não podemos diminuir a importância do acesso. Em seis meses chegamos a duas finais e só temos a agradecer a Deus por essa glória, sinal de que o trabalho foi bem desenvolvido”, ressaltou.
Fonte Tribuna do Norte
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