quarta-feira, 29 de julho de 2020

BRASIL PASSA MARCA DE 90 MIL MORTOS POR COVID-19 E 2,5 MILHÕES DE CASOS

Arquivo/Agência Brasil
Pouco mais de quatro meses após registrar seu primeiro óbito por covid-19, o Brasil ultrapassou nesta quarta-feira (29) a triste marca de 90 mil vidas perdidas pela doença. Em 134 dias, houve o registro de que 90.188 óbitos no País em decorrência da infecção pelo novo coronavírus. Hoje também o Brasil alcançou a marca mais de 2,5 milhões de casos confirmados da doença.
O Brasil completou seis semanas com média diária de mortes pelo novo coronavírus igual ou superior a mil. Nos últimos sete dias, foram 1.043 óbitos, segundo dados do levantamento realizado pelo consórcio de veículos nacionais da imprensa.
O País registrou nesta quarta-feira (29) 1554 mortes e 70.869 novas infecções de coronavírus nas últimas 24 horas, os números são os maiores registrados desde o início da pandemia, e foram impulsionados pelo estado de São Paulo, que somou as mortes de terça, 28, e desta quarta-feira por conta de não ter divulgado boletim ontem.
O balanço mais recente do Ministério da Saúde mostra ainda que 1.787.419 pessoas já se recuperaram do coronavírus em todo o País.
Sobre os infectados, já são 2.555.518 brasileiros com o novo coronavírus desde o começo da pandemia, 70.869 desses confirmados no último dia. A média móvel de casos foi de 46.235 por dia, registrados nas últimas duas semanas.
Desde 9 de maio, quando atingiu 10 mil mortes pela doença, o ritmo de óbitos aumentou no Brasil, e o País passou a registrar a cada dez dias, em média, cerca de 10 mil novos óbitos pela doença. Isso sem contar que o Brasil é um país que testa pouco a sua população, ou seja, os números podem ser muito maiores que os registrados.
O Brasil é o segundo país com mais casos de covid-19 no mundo. Só perde para os Estados Unidos, que somam 4.401.599 contaminações confirmadas, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins. O terceiro país mais afetado é a Índia, com 1.531.669 casos. Os três juntos são responsáveis por quase metade de todos os casos registrados no mundo.

A dinâmica do avanço do novo coronavírus pelos Estados brasileiros teve uma mudança no decorrer do último mês. Nas regiões Sul e Centro-oeste houve um crescimento mais acelerado da pandemia quando comparamos com os demais estados, enquanto os Estados de São Paulo e Rio de Janeiro, epicentros reconhecidos como os mais impactados desde o início, passaram por semanas de ligeira desaceleração.

Especialista em geografia da saúde da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Raul Borges Guimarães afirma que a covid-19 chegou praticamente a todos os cantos do País. “Temos várias epidemias dentro de um único País e ocorrendo ao mesmo tempo. Neste momento, a gente percebe uma aceleração muito forte em Santa Catarina, Goiás e no Mato Grosso do Sul, com um número muito alto de casos” explica o pesquisador. 

Segundo Guimarães, no ritmo de contágio atual, o país ainda perderá muitas vidas até que haja um processo de desaceleração. “Não se reduz drasticamente de um dia para o outro (os números). O Brasil está condenado a ter um volume de mortos, dos mais altos do mundo, por conta desse ritmo que a gente não conseguiu controlar. No Brasil você tem aumento nos casos de covid, que vem acompanhado da flexibilização. Não tem paralelo no mundo de atitudes semelhantes. A falta de uma articulação nacional está fazendo muito falta neste momento."

Enquanto o Brasil atinge 2,5 milhões de casos, o Ministério da Saúde completa quase três meses sem ministro.

Fonte Agência Brasil 

Nenhum comentário:

Postar um comentário