A governadora Fátima Bezerra e o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, assinaram nesta quinta-feira (6) a ordem de serviço para a construção da Adutora do Agreste Potiguar, no Centro Administrativo do Estado. A obra, orçada em R$ 448,5 milhões e incluída no Novo PAC, beneficiará diretamente 38 municípios do Litoral Leste e do Agreste do Rio Grande do Norte, garantindo abastecimento para cerca de meio milhão de pessoas.
Com capacidade para distribuir mais de 3,2 milhões de litros de água por hora, a adutora será executada pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). O sistema tem como objetivo reforçar a segurança hídrica e reduzir a pressão sobre a Lagoa do Bonfim, manancial importante da região.
A captação será feita no Rio Guajú, com início das obras previsto para janeiro de 2026 e prazo de execução de cinco anos. A obra será conduzida pelo Consórcio Agreste Potiguar, formado pelas empresas OCC Construções, COESA Construção e KL Serviços de Engenharia.
Segundo a governadora Fátima Bezerra, a adutora representa “a concretização de um sonho histórico”. “Lutei muito para que essa obra fosse incluída no Novo PAC. Ver esse projeto se tornar realidade é motivo de grande alegria. É um avanço histórico para o abastecimento de água e o desenvolvimento da região”, afirmou.
Assinatura da Ordem de Serviço – Adutora Apodi | Foto: Sandro Menezes
Assinatura da Ordem de Serviço – Adutora Apodi | Foto: Sandro MenezesO ministro Rui Costa destacou que o empreendimento integra o programa Água para Todos, reforçando a parceria entre os governos estadual e federal. “A meta é ampliar a capilaridade do sistema de transposição do São Francisco, levando água para quem mais precisa, por meio de novas barragens, adutoras e canais”, disse.
O diretor-presidente da Codevasf, Lucas Oliveira, lembrou que o projeto se soma à Adutora do Seridó, cuja entrega está prevista para março de 2026. “Somadas, as obras ultrapassam 300 quilômetros de redes adutoras e consolidam uma nova etapa no desenvolvimento hídrico do estado”, afirmou.
O projeto da Adutora do Agreste Potiguar atenderá uma população estimada em 473,9 mil habitantes, podendo chegar a 510 mil até 2055. As duas primeiras etapas, que totalizam 168 quilômetros de extensão, serão iniciadas a partir da assinatura da ordem de serviço.
A Etapa 1, com 80 quilômetros, beneficiará Montanhas, Pedro Velho, Canguaretama, Nova Cruz, Santo Antônio e Serrinha. Já a Etapa 2, com 88 quilômetros, atenderá São José do Campestre, Lagoa D’Anta, Passa e Fica, Monte das Gameleiras, Serra de São Bento, Boa Saúde e Tangará. A Etapa 3, que ligará Tangará a Santa Cruz, está em fase de licitação.
O prefeito de Nova Cruz, Joquinha Nogueira, ressaltou a importância da obra para o desenvolvimento local. “A Adutora do Agreste é um marco histórico. Com sua construção, a região viverá uma nova realidade, com mais qualidade de vida e condições para atrair investimentos e gerar empregos”, declarou.
Entre 2019 e 2025, o Governo do Estado executou e projetou 1.289,6 quilômetros de obras hídricas voltadas à ampliação do acesso à água e à sustentabilidade do sistema adutor potiguar.
Participaram da solenidade o vice-governador Walter Alves, o secretário de Estado dos Recursos Hídricos Paulo Varella, o secretário de Assuntos Federativos Luciano Santos, além de deputados, prefeitos e demais autoridades estaduais e federais.
Fonte Tribuna do Norte

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