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quinta-feira, 6 de novembro de 2025

SAIBA COMO VOTARAM OS DEPUTADOS DO RN EM PROJETO QUE RESTRINGE ABORTO LEGAL APÓS ESTUPRO DE CRIANÇAS.

Dos oito deputados do Rio Grande do Norte, Natália Bonavides (PT) e Fernando Mineiro (PT) votaram contra a suspensão. Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

A Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira 5, por 317 votos a favor e 111 contra, o projeto que suspende a resolução do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) publicada em 2024. O texto trata das diretrizes para o atendimento de crianças e adolescentes vítimas de violência sexual e da garantia de seus direitos. A proposta segue agora para análise do Senado.

Dos oito deputados do Rio Grande do Norte, Natália Bonavides (PT) e Fernando Mineiro (PT) votaram contra a suspensão. O deputado João Maia (PP) não participou da sessão.

A resolução previa que crianças e adolescentes vítimas de violência sexual tivessem direito a informações sobre a possibilidade de aborto nos casos em que a gestação fosse decorrente do crime. O texto dispensava a necessidade de boletim de ocorrência ou autorização judicial para a realização do procedimento e classificava como conduta discriminatória a recusa de profissionais em realizar o aborto sob alegação de não acreditar no relato da vítima.

A proposta para sustar o ato normativo foi apresentada pela deputada Chris Tonietto (PL-RJ) e recebeu apoio expressivo da bancada cristã. Os parlamentares contrários ao texto argumentam que o Conanda estaria tratando o aborto como um direito, o que, segundo eles, não existe na legislação. Já a oposição considerou a suspensão um retrocesso no atendimento a meninas vítimas de estupro.
Como votaram os deputados do RN

A favor da suspensão: General Girão (PL), Sargento Gonçalves (PL), Benes Leocádio (União Brasil), Robinson Faria (PL) e Carla Dickson (União Brasil).
Contra: Fernando Mineiro (PT) e Natália Bonavides (PT).
Ausente: João Maia (PP).
Entenda

A resolução 258/2024 do Conanda garantia que meninas e adolescentes vítimas de estupro pudessem acessar informações sobre aborto legal sem a necessidade de boletim de ocorrência, autorização judicial ou comunicação aos responsáveis, especialmente em casos de violência dentro da família. O texto também classificava como discriminatória a recusa de profissionais em realizar o procedimento sob alegação de dúvida quanto ao relato da vítima.

Os defensores da suspensão afirmam que o Conanda teria extrapolado suas atribuições e violado o Código Penal ao retirar a autoridade dos responsáveis legais e ao não definir um limite de tempo para o aborto. Já os parlamentares contrários à anulação argumentam que a resolução reforçava direitos já garantidos por lei e protegia meninas vítimas de estupro.

Durante o debate, deputados da base conservadora alegaram que a medida evita o que chamam de “cultura do aborto”, enquanto parlamentares de esquerda criticaram a proposta por restringir o acesso ao aborto legal e revitimizar crianças e adolescentes.

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