Foto Marcelo Camargo
Com a execução do plano bilionário de cortes de custos do Banco do Brasil ainda indefinida, funcionários do banco público se mobilizaram para uma paralisação em todo o País nesta sexta-feira (29). O objetivo é pressionar o banco a desistir de vez da reestruturação, que prevê o fechamento de 112 agências e o desligamento de 5 mil funcionários durante o primeiro semestre deste ano. A economia esperava é de R$ 2,7 bilhões até 2025.
Polêmico, o plano quase custou o cargo do presidente da instituição, André Brandão. Logo após o anúncio dos cortes, em 11 de janeiro, o presidente da República, Jair Bolsonaro, demonstrou irritação com Brandão e expressou a interlocutores a intenção de demiti-lo.
Bolsonaro reclamava que não havia sido avisado sobre as demissões e o fechamento de agências do banco, em um momento em que o governo também sofria um revés de imagem com o anúncio da saída da montadora Ford do Brasil e o fechamento de outras 5 mil vagas.
Foi preciso que o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto - que formam o núcleo duro da área econômica do governo - montassem uma operação para evitar a demissão precoce de Brandão, que estava a menos de quatro meses no cargo. Por enquanto, o executivo permanece no comando do banco, mas seu plano de reestruturação segue ameaçado.
Ao longo desta semana, sindicatos ligados aos bancários em todo o País aprovaram a paralisação dos funcionários do Banco do Brasil nesta sexta-feira. A orientação geral é de que os trabalhadores cruzem os braços, estejam eles em agências ou em home office. Em função da pandemia de coronavírus, os protestos presenciais, em frente às agências, devem dar lugar a ações na internet.
A participação no ato, no entanto, é uma incógnita. Funcionários que aderirem ao movimento podem ter o dia de salário cortado, o que serve de desestímulo.
Procurado pela reportagem, o Banco do Brasil não se posicionou sobre a paralisação desta sexta-feira até a publicação deste texto.
Fonte Agência Brasil
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