A primeira-dama de São Gonçalo do Amarante, Heide Bezerra, ameaçou chamar a polícia para servidores durante protesto em frente à casa do prefeito Eraldo Paiva (PT), na manhã desta quinta-feira (24).
A equipe do prefeito está tentando deslegitimar a manifestação dizendo que os servidores tentaram invadir sua casa, utilizando-se de imagens parciais e propagação de fake news. Não houve ato violento! Não houve tentativa de invasão! Não houve impedimento de entrada e saída, ou intenção de perturbação dos familiares! Essa é uma atitude conhecida das gestões, para tentar confundir a população e tentar jogá-la contra os ativistas. Nossa atitude se justifica, por não sermos atendidos dentro do ambiente apropriado que deveriam acontecer às negociações.
Para a categoria dos trabalhadores da Educação e SUAS, o prefeito Eraldo Paiva e Gestão joga a conta da crise nas costas dos servidores e servidoras. O prefeito retira direitos, não valoriza os trabalhadores, nem os serviços públicos. Além disso, desrespeita a classe trabalhadora, pois não recebe os sindicatos e dificulta o diálogo sobre as reivindicações das categorias. Essa postura de governo que não houve os trabalhadores, e não possui compromisso em debater planos, metas e prazos possui uma postura antidemocrática. Somos acusados de desrespeitar a família de Eraldo, sendo que já o procuramos diversas vezes na prefeitura, respeitamos protocolos de se comunicar com secretarias e chefia de gabinete, e por vários meses nessa tentativa de sermos ouvidos não obtivemos nenhuma resposta.
“O desrespeito continua quando a primeira-dama nos ameaça e diz que vai chamar a polícia. Nós somos criminosos? É um direito dos trabalhadores se manifestar politicamente”, disse Lindaci. Ela acrescenta que essa atitude contra a manifestação é contraditória para um prefeito que se diz de um partido de “origem popular”, como o PT, mas que na prática não está do lado dos trabalhadores.
A educação reivindica, por exemplo, o plano de carreira dos servidores e data base, o retorno dos servidores com estabilidade excepcional ao Iprev, a pecuniária, a revogação dos artigos da reforma da Previdência que ferem os direitos adquiridos dos servidores do município, a gestão democrática, a revisão do plano de carreira dos servidores do magistério, correção do nível médio para superior, e diminuição de três anos para dois anos nas mudanças promocionais verticais, construção de escolas, condições dignas de trabalho no ambiente escolar, o rateio do Fundeb, a hora atividade, a chamada do concurso e o pagamento do retroativo do piso do magistério de 2022 aos professores com cargas suplementar.
Já os trabalhadores do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), além das pautas em comum com a categoria da educação, reivindicam: estruturação dos equipamentos do SUAS; Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCs) do SUAS; mudança da lei 1144 (correção dos valores da matriz remuneratória) que hoje prejudica o servidor; criação dos cargos da lei 1837 que regulamenta o SUAS; reajuste salarial anual com data base dos servidores; comprometimento da gestão para o repasse do fundo municipal de assistência de 6% conforme prevê a lei 807, de 28 de maio de 1997; alteração da lei complementar 069 de 2015 (ART. 100), criando os cargos para os departamentos que consta na Lei Municipal do SUAS, N° 1.837 de julho de 2020. Também questionamos sobre o reajuste do salário de 11%, que em propaganda enganosa, a gestão afirma que beneficia todos os servidores, mas que os que recebem salário mínimo não foram contemplados, categoria que mais sofre as precariedades desse desgoverno.
Os trabalhadores e trabalhadoras de São Gonçalo do Amarante não vão aceitar nenhuma intimidação. Vão fortalecer ainda mais a luta em defesa dos seus direitos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário