sábado, 19 de novembro de 2022

NÚMERO DE DESOCUPADOS NO ESTADO DO RN CAI EM 25 MIL PESSOAS NO 3º TRIMESTRE DO ANO.

Pelo levantamento, divulgado na quinta-feira (17), a taxa de desocupação potiguar foi de 10,5%, estatisticamente estável em relação ao trimestre anterior (12%), mas apresentando queda quando comparada ao mesmo trimestre de 2021 (14,7%). Segundo o instituto, há uma tendência de queda neste sentido. “Numericamente, trata-se do melhor trimestre desde 2013, quando o Estado apresentou uma taxa de 10,2%. Ainda assim, esse valor representa a 8ª maior taxa de desocupação do país, em ranking liderado pela Bahia (15,1%). A PNAD-C vem apontando para uma tendência de queda na desocupação no País”, informou o órgão.

A taxa apontada pelo IBGE representa cerca de 163 mil pessoas que ainda não tinham conseguido atividade laboral no Estado, sendo 25 mil pessoas a menos em relação ao trimestre anterior e 58 mil, se comparado ao mesmo trimestre do ano de 2021 (221 mil). Neste caso, há uma queda de 26,1%. Essas pessoas estavam disponíveis para assumir o posto de trabalho naquela semana caso o tivessem encontrado, tomando qualquer providência para conseguir emprego, como entregar currículo, atender a entrevistas de emprego, inscrever-se em concurso, entre outras iniciativas, porém, não obtiveram êxito.

A taxa de desocupação é maior entres as mulheres (12,3%) do que entre os homens (9,2%), uma diferença que se manteve em relação ao trimestre anterior (13,8% e 10,7%, respectivamente). Também é maior entre as pessoas pretas (9,1%) e pardas (10,4%) , que somam 98 mil, ao passo que. 65 mil (11,1%) são pessoas brancas.

A taxa de desocupação também é diferente quando se observa a escolaridade. Do contingente de 163 mil desocupados, cerca de 132 mil (81%) têm o ensino médio completo como maior nível de instrução. Entre os que não têm instrução ou têm até 1 ano de estudo, a desocupação no RN é de 4,3%; para aqueles com ensino fundamental completo, é de 9,9%; entre as pessoas com ensino médio completo é de 11,3% e 4,8% para os que possuem diploma de ensino superior.

Em Natal, observou-se um leve aumento na taxa de desocupação, saindo de 9,5% no 2º trimestre deste ano para 11,2% no seguinte. “Apesar disso, este pequeno incremento é considerado estabilidade, tendo em vista a ausência de significância estatística”, diz o IBGE.


Em comparação a outras capitais nordestinas, a capital potiguar ficou com a 3º menor taxa de desocupação, com Fortaleza/CE (8,1%) tendo a mais baixa, seguida por Teresina/PI (9,7%).



Dos ocupados, 43,9% são informais
A PNAD-C do terceiro trimestre apontou que 1.391.000 potiguares estão ocupados, trabalhando em alguma atividade, porém, 611 mil (43,9%) desses está na informalidade. Apesar disso, o IBGE constatou que é a menor taxa de informalidade do Nordeste, sendo o Maranhão o estado com maior percentual (59,1%).

O setor privado é o que mais absorveu pessoal ocupado (45,9%), mas também foram identificados os trabalhadores por conta própria (26,1%); empregados no setor público (15,9%); trabalhadores domésticos (5,8%); empregadores (4,5%) e trabalhadores familiares auxiliares (1,7%). “Em relação a distribuição das pessoas ocupadas por posição na ocupação, a PNAD aponta poucas modificações em relação ao trimestre anterior”, avaliou o IBGE.

Tendo os meses de abril, maio e junho como referência, verifica-se um incremento de cerca de 19 mil pessoas ocupadas entre os empregados do setor privado e, se comparado com o mesmo trimestre de 2021, há um aumento de 59 mil trabalhadores neste setor. “Nas outras categorias, a variação é mínima, sugerindo estabilidade do indicador”, informa o instituto.

Em termos de ocupação por grupamento de atividades no trabalho principal, O comércio se mantém como o setor que mais emprega no estado, representando 22,6% no volume de pessoas ocupadas. Em segundo está a administração pública com 20,1%.

O setor de transporte, armazenagem e correios é o que possui menor participação no mercado de trabalho potiguar, representando cerca de 3,9% das pessoas ocupadas.

Já o rendimento médio do potiguar está acima da média da região Nordeste, porém, apresenta redução. A PNAD calcula que o rendimento médio mensal de todos os trabalhos no RN foi de R$ 2.015,00, valor abaixo da média nacional (R$2.737,00), mas acima da média nordestina (R$1.858,00).

Mesmo assim, entre os estados do Nordeste, o Estado, assim como Alagoas, registrou diminuição no rendimento mensal em relação ao trimestre anterior, quando a pesquisa apontava valores de R$ 2.052,00 para o Rio Grande do Norte R$1.851,00 para o estado alagoano, onde caiu para R$1.843,00 no levantamento atual.

E mais uma vez as mulheres estão em desvantagem com um rendimento de R$ 292 a menos que os homens. O deles está em R$2.133,00 e para elas ficou em R$1.841,00. É a terceira maior diferença de salário entre gêneros na região Nordeste, ficando atrás apenas da Paraíba (R$428,00) e do Ceará (R$377,00).

A pesquisa traz também a massa de rendimentos de todos os trabalhos, que no RN foi de 2,7 bilhões de reais, quarto menor valor entre os estados do Nordeste. Quando comparado com o trimestre anterior, o estado foi um dos três estados do país que registraram diminuição destes valores (-1,8%), ao lado de Roraima (-2,4%) e Acre (-6,9%). Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, o RN registrou um incremento real de 0,6%, o que ainda o coloca entre os três estados com menor crescimento.

Fonte Tribuna do Norte 

Nenhum comentário:

Postar um comentário