domingo, 1 de novembro de 2020

COMO O RESULTADO DAS ELEIÇÕES AMERICANAS VAI AFETAR O BRASIL E O MUNDO? O PLEITO SERÁ DIA 3 DE NOVEMBRO.

VEJA
The winner takes it all
O resultado da eleição americana terá um impacto sem precedente na economia e na política mundiais dos próximos anos - especialmente no Brasil

Em dois séculos de democracia americana, algumas eleições tiveram o poder de alterar o rumo da história. A sempre citada vitória de Abraham Lincoln, em 1860, abriu caminho para o fim da escravatura. Franklin Roosevelt, eleito em 1932 no sufoco de uma abissal recessão, trocou o sagrado princípio de não ingerência do Estado por um vigoroso programa de assistência federal. Indo na direção oposta, Ronald Reagan pavimentou, a partir de 1981, o liberalismo econômico que fincou os alicerces da globalização.
Em 2016, Donald Trump chegou para combater supostos excessos da diluição de fronteiras com uma injeção de nacionalismo e uma desabusada guinada à direita. Um traço comum dessas transformações foi terem acontecido ao sabor do ritmo dos governantes — quando se viu, a potência americana tinha mudado seu curso, carregando boa parte do planeta com ela.

A eleição de 3 de novembro gira em torno da decisão de colorido plebiscitário entre manter Trump e enveredar pelo anti-Trump, sem espaço para meio-termo. Com duas perspectivas tão diversas, o suspense mantém meio mundo (ou mais) na beira da poltrona, de olhos grudados no resultado. Joe Biden, o candidato democrata que faz 78 anos no dia 20, está à frente nas pesquisas, mas Trump, 74, aparece colado nele em boa parte dos cruciais swing states, os estados que, no funil decisivo do Colégio Eleitoral, são capazes de embolar o resultado — e embolam, sem dó nem piedade.


Escaldados pelas falhas nos levantamentos em 2016, quando Hillary Clinton era a favorita e perdeu, os analistas não arriscam previsões nem para a Casa Branca, nem para o Senado, que é republicano e, se continuar assim, pode atrapalhar muito um presidente do outro partido. A poucos dias da eleição, 75 milhões de americanos, mais da metade dos eleitores registrados, já encaminharam seu voto, uma antecipação que as leis permitem e que teve adesão maior ainda neste ano de pandemia.


A alta mobilização num país em que ir às urnas é facultativo sinaliza um comparecimento recorde na primeira votação americana em que predominam dois grupos até então secundários, os millennials (nascidos depois de 1980) e os latinos. “Esta eleição vai definir a nossa época”, resume John Ikenberry, professor de política da Universidade Princeton.



Mourão aposta que governo comprará vacina chinesa: “Lógico que vai”Vice-presidente, que já esteve às turras com Bolsonaro, defende preservação da Amazônia e admite que pode concorrer a uma vaga no Senado em 2022




Aos 67 anos, Hamilton Mourão chega aos estertores do segundo ano de governo cada vez mais à vontade no papel de coadjuvante mais importante da República. Se lhe falta o poder da caneta do chefe, o general se agarra ao que Jair Bolsonaro não tem: a liberdade de ir e vir — com direito a chope no boteco e partidas de vôlei no fim de semana —, tempo para escrever um livro e até a tranquilidade de pensar em uma vida fora do Palácio.


Assessores de Jair Bolsonaro já espalharam aos quatro cantos que o presidente não quer mais o general como companheiro de chapa na disputa pela reeleição. Ele garante que nunca ouviu isso do presidente, com quem diz manter uma relação absolutamente respeitosa, mas que já esteve estremecida em decorrência de intrigas e fofocas difundidas por pessoas que cercam o mandatário.


Em entrevista a Veja concedida no seu gabinete, ele evita falar de 2022, mas já trata como possibilidade uma candidatura ao Senado, caso seja varrido da chapa presidencial. Mourão também se recusa a endossar a torcida bolsonarista para Donald Trump, aposta que o governo federal vai comprar a vacina chinesa e diz que faz de tudo para não travar embates públicos com quem manda. “Sabe por quê? Eu tenho vida.”

Fonte Nominuto.com 

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